Contexto Histórico

[Na época da escola, em todo e qualquer trabalho em que eu não tinha muito o que dizer, fazia logo uma introdução, que batizava com o pomposo título de Contexto Histórico. Idiota ou não, me salvou de algumas notas baixas.]

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Eu adoro mudar o cabelo. Adoro. Tenho preguiça de ter sempre a mesma cara, o mesmo estilo. Então passo por fases. Apresento algumas para vocês.

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Infância

Foto de 1995 – 10 anos.

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Durante grande parte da infância meu cabelo foi assim, bem cacheadinho. Eu não odiava, mas também não amava: as crianças de cabelo liso podiam brincar de cabelereiro à vontade, enquanto eu não podia tocar nele que a coisa tomava forma, armava, um horror. Então vivia com faixas, rabos, tranças e outros penteados que minha mãe fazia – e não eram poucas as opções.

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Início da Adolescência

Foto de 1999 – 14 anos.

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Quando o bagulho começou a ficar tenso, comecei a relaxar os cachos. Religiosamente eu ia ao salão e abaixava a raiz. Usei guanidina, hidróxido de sódio. E o relaxamento te escraviza: você não pode pintar, não pode usar qualquer outra química que o cabelo começa a cair. E quando começa a crescer, perdey playboy: tá na hora de relaxar de novo.

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Em um momento em que o meu cabelo estava muito fraco, apelei pras tranças. Adorei o resultado, e aí ficou assim: toda vez que estava de saco cheio de relaxar, trançava os fios.

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Já no fim da faculdade eu cheguei a usar megahair. Foram dois momentos, em 2006 e 2007.

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Cheguei a alternar com tranças e depois, quando tirei, meu cabelo estava com as pontas ainda de relaxamento. Dei a louca e cortei mesmo, tosei. Nunca tinha usado cabelo curtinho na vida, e morri de medo. A verdade é que os cabelos longos são meio que uma cortina que nos esconde, né? Dá pra fazer charme, deixar caindo no olho e tal. E o cabelo curto meio que te expõe, diz é isso mesmo que você tá vendo aí, essa sou eu, e isso dá um medinho. Mas deixa eu falar uma coisa: nunca chamei tanta atenção. Lembro que logo que comecei a usar o black usava umas roupas étnicas da Totem, tipo saião e estampas lindas. Ficava todo mundo olhando, como seu eu tivesse acabado de chegar da África, ahahhaha. Recebi muitos elogios 🙂

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Daí que resolvi começar a pintar e não quero outra coisa (por enquanto). Eu puxo as mechas a mais ou menos 2 dedos da raiz, como se estivessem queimadas de sol mesmo. E não pinto mais que 3 vezes por ano, pq meu cabelo é muito seco e fino. Dia 28 de novembro vou dar um pulo no salão para retocar o cabelo pro fim de ano (a última vez que pintei foi em julho, se não me engano, quando cortei), e vou perguntar pra minha cabelereira do coração (Beatriz, do Beleza Natural de Ipanema) qual é a cor exata. Pq cada vez que vou lá passo uma diferente.

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Então, depois dessa enrolação contexto histórico, me digam: qual cabelo vocês preferem? Pq?